Homem matou 26 pessoas, entre elas 20 crianças.
Obama pretende apoiar mudanças nas leis sobre vendas de armas nos EUA.
A polícia americana ainda não sabe o que motivou o massacre em uma escola infantil Sandy Hook, em Newtown, no estado americano do Connecticut. Muitos detalhes ainda são mantidos em segredo para não atrapalhar as investigações. Vinte e seis pessoas, entre elas 20 crianças, foram assassinadas brutalmente.
É possível montar o quebra-cabeça sobre a ação de Adam Lanza, que tinha 20 anos. Na manhã de sexta-feira (14), Adam matou a mãe, Nancy, com vários tiros na casa onde moravam juntos. Depois, ele pegou o carro e foi até a escola Sandy Hook. Armado com duas pistolas e um fuzil AR-15, disparou contra a janela e entrou.
Todas as vítimas na escola levaram pelo menos dois tiros de fuzil. Quando ouviu a polícia chegando, Adam usou a pistola para tirar a própria vida. Ele foi encontrado com muita munição. No carro, a polícia ainda encontrou uma escopeta.
A cidade de Newtown não registrava assassinatos há 10 anos. O local é tranquilo e com poucos moradores. Após o massacre, os izinhos saíram às ruas para apoiar as famílias das vítimas. Há um esforço coletivo de superação, que se vê em mensagens espalhadas por vários pontos.
Mudança nas leis
O presidente Barack Obama foi até a cidade participar de um ato ecumênico. Em sua passagem, ele deu a entender que vai apoiar mudanças nas leis sobre a venda de armas nos EUA. “Essas tragédias precisam acabar. Para acabar com elas precisamos mudar”.
O presidente Barack Obama foi até a cidade participar de um ato ecumênico. Em sua passagem, ele deu a entender que vai apoiar mudanças nas leis sobre a venda de armas nos EUA. “Essas tragédias precisam acabar. Para acabar com elas precisamos mudar”.
Obama citou os nomes dos 26 mortos na escola. O presidente concluiu que o país não está fazendo o suficiente para proteger as crianças e deu sinais de que vai apoiar uma mudança nas leis que regem a venda de armas e munições pesadas nos EUA.
Vinte alunos, todos com seis ou sete anos de idade foram brutalmente assassinados – 8 meninos e 12 meninas. Uma delas, Emilie, estava aprendendo português. O pai dela, Robert, viveu no Brasil por dois anos como missionário mórmon e queria que a filha compartilhasse o amor que sente pelo nosso país.
Foi em português que Robert falou com a filha pela última vez. “Ela disse que me amava. Eu dei um beijo nela e fui para o trabalho”, conta.
O correspondente Rodrigo Bocardi conversou com a brasileira Gabriela Porto, de nove anos. Ela estava na escola, em uma aula de música quando Adam Lanza abriu fogo contra alunos e professores. “Eu estava chorando com outras meninas. Estava pensando que nunca ia chegar em casa viva”.
Gabriela contou que a professora trancou todos os alunos em um quarto ao lado da sala de música, onde os instrumentos ficam guardados, e apagou a luz. Ela pediu para que todas as crianças sentassem e começassem a rezar.
Dois dias depois do massacre, na rua de acesso à escola, moradores montaram árvores de Natal com bichos de pelúcia e brinquedos para homenagear as crianças.
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